tag:blogger.com,1999:blog-23752756904782950202024-02-19T07:13:26.731-03:00A MarmotaHenrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.comBlogger17125tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-83088239821081601722012-07-03T19:06:00.000-03:002012-07-03T19:06:19.897-03:00Por que não uma Marcha LGBT?<br />
<div class="MsoNormal">
A notícia do cancelamento – ou adiamento, caso prefira – da
XI Parada da Cidadania LGBT de João Pessoa, que ocorreria no dia 1<sup>o</sup>
de julho de 2012, caiu como um balde de água fria na expectativa do público que
habitualmente participa dessa manifestação. Por LGBT leia-se lésbicas, gays,
bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros, que se trata de um setor não
desprezível da população.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Malgrado o esclarecimento de última hora divulgado nas redes
sociais pelo Fórum de Entidades LGBT da Paraíba, que promove a parada, algumas
questões seminais não foram respondidas, outras vieram à tona, mostrando a
fragilidade de um movimento que mal consegue manter-se em pé, frente à apatia,
à indiferença e à falta de consciência de seu público potencial. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6lQjjbEOuG_szZBvARY8lPd5CD03ydHLFY7xbTLGnvi0x6-NDRxUm6xeHoXYJ5d4jySm_a0AO8vJY4HNObrHfdlT-AsdomYWSs2VbE4FhiECIKXBgIS5ykHodH-QI5DOLDjRyvKxxWqM/s1600/Parada-nov.2011-05.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6lQjjbEOuG_szZBvARY8lPd5CD03ydHLFY7xbTLGnvi0x6-NDRxUm6xeHoXYJ5d4jySm_a0AO8vJY4HNObrHfdlT-AsdomYWSs2VbE4FhiECIKXBgIS5ykHodH-QI5DOLDjRyvKxxWqM/s320/Parada-nov.2011-05.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
O Fórum, em nota, justifica o adiamento da parada pela falta
de compromisso da Funjope e do governo estadual, que retiraram parte do apoio
que vinha sendo negociado desde março, para a realização do evento. O motivo
alegado foi a falta de instalação de um palco para o show no final da
manifestação, e a redução das atrações prometidas, de três para um cantor/cantora.
Dos quatro trios elétricos programados, contava-se ao certo com um, oferecido
pela OAB. O adiamento, portanto, segundo os organizadores, foi estratégico,
para que não houvesse retrocesso quanto à estrutura do evento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por certo, quando se fala em retrocesso, pensa-se na perda
de alguns aparatos chamativos que têm caracterizado as paradas LGBT não só da
cidade, mas em todas as outras promovidas em nível nacional. O número de trios
elétricos, além do barulho ensurdecedor que causa, serve para impressionar,
para mostrar o poder de barganha das entidades LGBT, já que dinheiro para
bancá-los, definitivamente, não têm. Por outro lado, os trios são palanques
para discursos inflamados e enfadonhos, palco para a reafirmação do engajamento
à causa por alguns políticos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os shows que sempre ocorrem no final da parada servem para
brindar o público que se dispôs a acompanhá-la, como uma espécie de apoteose ou
confraternização. Juntamente com os trios elétricos, isso reforça o lado
festivo e carnavalesco da parada, que no fundo se funda quase que
exclusivamente por este caráter. O evento, em si, tem seu perfil político, ao
proporcionar a visibilidade de um segmento que na maior parte do ano se sente
coagido ao recolhimento, por temer a repressão moral e a violência. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Contudo, a
carnavalização da parada como estratégia de mobilização expõe a fraqueza do
movimento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ao ver inviabilizada a festa, o Fórum preferiu adiar o
evento certamente por temer, além da perda do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">glamour</i>, a realidade que não se pode negar: sem a festa não há
parada porque não há compromisso do público com suas questões políticas e
reivindicatórias. São poucos os gays, lésbicas, travestis, transexuais e
transgêneros que têm consciência de si mesmos, de seus direitos ou da falta
deles. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não há massa crítica disposta à luta, a fazer eco às justas
proposições dos movimentos. O que se tem, em sua maioria, é uma classe intelectual
enrustida, de certo modo confortável em seu anonimato, levando uma vida dupla
como heterossexual em sua representação social, e homossexual, nos recônditos motéis
da periferia. Por outro lado, tem-se também um povo sofrido, humilhado,
ignorante quanto à integridade de si, que vive sua homossexualidade no limite
da marginalidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Talvez o recuo dos governos em apoiar a parada seja fruto
dessa constatação, de que o movimento, no fundo não representa muito, porque
esse muito não tem interesse em ser representado. Talvez o descompromisso da
esfera de poder para com um setor tão carente de políticas públicas se dê
também pela proximidade eleitoral, onde rebanhos maiores se tornam o foco das
políticas demagógicas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O que incomoda mesmo é a falta de autonomia do movimento,
que recua diante do descaso das entidades oficiais. Mais político seria botar o
povo na rua, seja com quantos fossem, fazer barulho da forma mais primária que
se dispõe, aos gritos, mostrar que há vontade política de mudar as coisas, de
se fazer visível, de incomodar, de fazer refletir. Nesse ponto, vejo como muito
mais avançadas outras manifestações que ocorreram recentemente na cidade, como a
Marcha da Maconha e a Marcha das Vadias. Elas foram à rua com quase nenhuma
estrutura, com megafone na mão e de peito aberto, lutando por suas causas e
criando um fato político. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "MS 明朝"; mso-fareast-language: EN-US;">Ao contrário da Parada da Cidadania LGBT, quando
teremos uma Marcha pela Cidadania LGBT na Paraíba? Esse é o desafio que se
coloca aos movimentos.</span><!--EndFragment-->
<br />
<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "MS 明朝"; mso-fareast-language: EN-US;"><br /></span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "MS 明朝"; mso-fareast-language: EN-US;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times; font-size: small; line-height: normal;">Henrique Magalhães <henriquemais@gmail.com> </henriquemais@gmail.com></span></span>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-32852676021033571872012-07-03T19:01:00.000-03:002012-07-03T19:01:36.963-03:00Parada de luta e alegria<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]-->
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>JA</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
<w:UseFELayout/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="276">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]-->
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Table Normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:Cambria;}
</style>
<![endif]-->
<!--StartFragment-->
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
Em todo o mundo se comemora o Dia do Orgulho Gay, celebrando
o direito à diversidade sexual e à liberdade de expressão afetiva por parceiros
de mesmo sexo. A data faz referência ao dia 28 de junho de 1969, quando os
homossexuais que frequentavam o bar <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Stonewall
Inn</i> e imediações, em Nova Iorque, resistiram à repressão policial. Tinha
início a mobilização dos gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros, organizando-se
em grupos militantes pelos direitos civis nos Estados Unidos da América e em
vários países do mundo.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4lMtqie8q6mFfAig-sl7KS0aMfDRFpJu9GVUp0FHHBI0EYlzhk8QGM9eBq3QoXEwRbiDPjUZoyLHVPk5pKEhRkW6lz6MtFygz_ri_yxM31YRaM-1_3a5pt1lcxLAAbwEFN5rpUy8VZKk/s1600/Parada-nov.2011-10.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4lMtqie8q6mFfAig-sl7KS0aMfDRFpJu9GVUp0FHHBI0EYlzhk8QGM9eBq3QoXEwRbiDPjUZoyLHVPk5pKEhRkW6lz6MtFygz_ri_yxM31YRaM-1_3a5pt1lcxLAAbwEFN5rpUy8VZKk/s320/Parada-nov.2011-10.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os embates políticos se espalharam gerando o que se chamou
de movimento de minorias, agrupando o movimento gay, o movimento negro e o
movimento feminista contra a sociedade machista, racista e discriminatória. A
sexualidade libertária eclodia com força arrebatadora, questionando os padrões
morais cristãos e patriarcais. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Como uma de suas manifestações, as Paradas LGBT (de
lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) ocupam as
ruas das principais cidades do mundo com a força política da visibilidade, da
presença que ratifica a existência incontornável. A alegria própria das
paradas, sem dissociar-se de seu caráter político, agregou a população não só
homossexual a essa causa justa e urgente pela conquista de civilidade. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "MS 明朝"; mso-fareast-language: EN-US;">Com espírito festivo e orgulho de ser,
comemora-se nesse 1 de julho em João Pessoa mais uma parada LGBT. Portanto,
todos à praia do Cabo Branco para formar essa força irresistível do avanço dos
direitos civis.</span><!--EndFragment-->
<br />
<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "MS 明朝"; mso-fareast-language: EN-US;"><br /></span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "MS 明朝"; mso-fareast-language: EN-US;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times; font-size: small; line-height: normal;">Henrique Magalhães <</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times; font-size: small; line-height: normal;"><a href="mailto:henriquemais@gmail.com">henriquemais@gmail.com</a></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times; font-size: small; line-height: normal;">></span></span>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-27204747122696306342011-12-24T10:32:00.001-03:002011-12-24T10:33:33.205-03:00Uma marmota natalina<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDVl6IeaThCgCbKRWhqO0AvrPe2Z2WLEEhKwHXOnJtL_Hdc7fEybnTVysuHqflrw7oOFvImJHBrmpT_NpfKdC6Q64E7L7eAU_45ASZMvRTckHbvXZlExdfGMudy2aBwn9NZLKIvn2UIJQ/s1600/rendezvous-07-2011-web.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="109" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDVl6IeaThCgCbKRWhqO0AvrPe2Z2WLEEhKwHXOnJtL_Hdc7fEybnTVysuHqflrw7oOFvImJHBrmpT_NpfKdC6Q64E7L7eAU_45ASZMvRTckHbvXZlExdfGMudy2aBwn9NZLKIvn2UIJQ/s320/rendezvous-07-2011-web.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhoAukzBCtIXiq1yylpaLBtQxJmJ4bbnTe_tVLJiRIvPSRI9af6cnlVR8sRxSbmiCmoVmuzDqcXieB4kKub_uJAT2TTnQKSQ39jQbloHGA7KhBmCJHk0PVA54lKDf-0CQ8jqYDnHMBB3o/s1600/rendezvous-08-2011-web.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="109" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhoAukzBCtIXiq1yylpaLBtQxJmJ4bbnTe_tVLJiRIvPSRI9af6cnlVR8sRxSbmiCmoVmuzDqcXieB4kKub_uJAT2TTnQKSQ39jQbloHGA7KhBmCJHk0PVA54lKDf-0CQ8jqYDnHMBB3o/s320/rendezvous-08-2011-web.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ2iSY5itNKQqvpi8KZOeRU2sqXcQUKT0cNeGZQfsUCtLQu219jV2cbZKilzZWniVwKgwrp_xfuWUkJchpiW7WPJAauZJuMX1V8IUuB-6HgVF0vEopRcr3Qwt2pJMctIFSu-NcQ60hanM/s1600/rendezvous-09-2011-web.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="109" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ2iSY5itNKQqvpi8KZOeRU2sqXcQUKT0cNeGZQfsUCtLQu219jV2cbZKilzZWniVwKgwrp_xfuWUkJchpiW7WPJAauZJuMX1V8IUuB-6HgVF0vEopRcr3Qwt2pJMctIFSu-NcQ60hanM/s320/rendezvous-09-2011-web.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3VT5xTVViTa2XH5xpMBQDoyi_pVQqJ9HEehzR3b3OTp4yuPHyufBB-tVKoKGbW5tYXEdIZX-ogCQljHcqefTYhXHXy79kyK4L1TA3TjI7iNLdKJlHkkUzgLMhX7KQKSx6b-a5Sg0ZBqs/s1600/rendezvous-10-2011-web.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="109" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3VT5xTVViTa2XH5xpMBQDoyi_pVQqJ9HEehzR3b3OTp4yuPHyufBB-tVKoKGbW5tYXEdIZX-ogCQljHcqefTYhXHXy79kyK4L1TA3TjI7iNLdKJlHkkUzgLMhX7KQKSx6b-a5Sg0ZBqs/s320/rendezvous-10-2011-web.jpg" width="320" /></a></div>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-40843562083068394282010-09-25T23:19:00.003-03:002010-09-25T23:29:52.149-03:00O artista e a política<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Recebi do artista paraibano Sergio Lucena, radicado em são Paulo, a única manifestação relativa à edição 13 d’A Marmota, em que compartilho uma matéria publicada na revista Veja sobre "hegemonia cultural", que me chamara a atenção. As considerações de Sergio sobre a situação política do país e a relação do artista com a política são absolutamente pertinentes, de maneira que, com a concordância dele, decidi divulgar nossa troca de e-mails </span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-fareast-language: PT-BR;">ocorrida neste final de setembro de 2010</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">. Esta edição d’A Marmota é um bom motivo para uma reflexão sobre a indiferença e omissão sobre nossa vida quotidiana.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Henrique Magalhães <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Meu caro Henrique,</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu5dol5BQNUZPr6jbmpM0qk2Fv9KtCzqI1sT2Xw7ZZnNQMTpMFdYL4LfQwmRxmtRBW8EJzDui-uB6L69XF1_IxnsKWhLiATyYOVGNdB9LUgah7TtGGBZ_K0vklTaYqzUW2a9tFJ3cvB7w/s1600/auto-retrato.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu5dol5BQNUZPr6jbmpM0qk2Fv9KtCzqI1sT2Xw7ZZnNQMTpMFdYL4LfQwmRxmtRBW8EJzDui-uB6L69XF1_IxnsKWhLiATyYOVGNdB9LUgah7TtGGBZ_K0vklTaYqzUW2a9tFJ3cvB7w/s200/auto-retrato.JPG" width="133" /></a><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Desculpe a demora em responder agradecendo o envio deste e-mail. É um alivio para mim saber que você está atento aos fatos, e que não se deixou sucumbir ao totalitarismo hegemônico que se configura no Brasil em torno da candidatura Dilma.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ao que tudo indica, no lento processo de maturação política do país, caminhamos para uma nova experiência totalitária mal disfarçada num capitalismo de favores, onde a máxima absolutista prevalece: <b><i>aos amigos tudo, aos inimigos a força da lei</i></b>. Este atraso histórico está refletido claramente na infantilidade da nossa sociedade, que vê Lula como um pai e agora quer deitar-se no colo da mãe. No geral, não temos consciência nem responsabilidade individual, e este governo bem sabe usar desta inocência infantil. Um dos exemplos disto é a avacalhação moral imposta por este governo como norma de conduta, um prejuízo imensurável ao avanço do país rumo a um lugar civilizado, nada poderia ser mais comprometedor ao nosso futuro que esta pérfida estratégia, naturalmente que a censura das idéias e da livre expressão é parte do projeto.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Forte abraço</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sergio Lucena</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Caro Sergio<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">De todas as "Marmotas" que já enviei, esta foi a que gerou mais indiferença dos leitores. Você foi a única pessoa que comentou e fico muito feliz que partilhamos o mesmo pensamento. Estou indignado e envergonhado com este país e não vejo um futuro brilhante para ele. Esta eleição, em particular, me mostrou isso e me levou a uma desesperança sem fim.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Felizmente, no nível pessoal, estou muito tranquilo e feliz. HM<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuRQ4RIy9EM7FOTEQBRwfZWcKqwJtkTKXSxVWBdHLMKrNgt8sip8eoSPcjTvqN4ToU2qLB7AJ_vlmlsTyu8zkKiWTgYIFnj6SzpYJmB4xg0G-GTtRmVbK3mn2-NYu_UTUB8FbiaOlh8Mk/s1600/bode-caramujo-II.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuRQ4RIy9EM7FOTEQBRwfZWcKqwJtkTKXSxVWBdHLMKrNgt8sip8eoSPcjTvqN4ToU2qLB7AJ_vlmlsTyu8zkKiWTgYIFnj6SzpYJmB4xg0G-GTtRmVbK3mn2-NYu_UTUB8FbiaOlh8Mk/s1600/bode-caramujo-II.jpg" /></a><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Meu querido,</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Embora muitos dentre nós estejam atentos aos fatos, para minha surpresa, de varias partes do meio cultural, e especialmente de alguns colegas artistas da Paraíba e do Nordeste, tenho recebido toda sorte de criticas por discordar frontalmente do caminho que o país está trilhando, a meu ver, o caminho da barbárie. </span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Assisto a fúrias destes artistas e de muitos ideólogos sociais a acusarem à busca solitária do artista, que é minha crença e meu caminho, como uma postura arrogante e descompromissada politicamente com a sociedade, eu digo que é justo o contrario o que se passa. Eu digo que a sociedade muito se beneficia desta atitude do artista, que ao se ajustar a si mesmo ele atende com perfeição a demanda profunda do seu tempo. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6DB-kgDjiJGwxx5tjxRXIskGNh_oJ8V_WXi2gXmx828ktnzUa7HEEpq5Qs8q2Vk_oR3-CPvnEeV2ZRxYmxVB8YIu9-ctiay2ioOhqzKvsOBvH5vAYFuvPE9Fe8TWHMoq9Ck-XE83UgA4/s1600/cadela.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6DB-kgDjiJGwxx5tjxRXIskGNh_oJ8V_WXi2gXmx828ktnzUa7HEEpq5Qs8q2Vk_oR3-CPvnEeV2ZRxYmxVB8YIu9-ctiay2ioOhqzKvsOBvH5vAYFuvPE9Fe8TWHMoq9Ck-XE83UgA4/s1600/cadela.jpg" /></a><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O mundo melhora. É imprevisível quão longe pode alcançar o efeito de um único impulso verdadeiro do artista em direção a realizar sua obra. Isto pode afetar a humanidade e o curso da historia.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O artista ao realizar a verdade da sua vida, sua obra, produz algo que irá atuar no mundo de uma maneira tão eficaz quanto natural, influenciando todo o corpo social infinitamente, bem mais que qualquer ato filantrópico ou de proselitismo que ele se preste a realizar.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz-OqL2HGfuNXbykVi91fl0ZY0ETLFnxXKVxgWwXuL7WoU5lGNJvTZ5xyMhLDp870DLvdSPqdWN_ZXhzq4r3pPt_YHWhtLsGJyxXCw4FJoe5Rp-0J0ASB09BTCx915O7GnYisqWbFbpNE/s1600/caramujo-macho.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz-OqL2HGfuNXbykVi91fl0ZY0ETLFnxXKVxgWwXuL7WoU5lGNJvTZ5xyMhLDp870DLvdSPqdWN_ZXhzq4r3pPt_YHWhtLsGJyxXCw4FJoe5Rp-0J0ASB09BTCx915O7GnYisqWbFbpNE/s1600/caramujo-macho.jpg" /></a><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A função social da arte é tão somente marcar simbolicamente o alcançado enquanto consciência humana, o que não é pouco.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A pietá do Michel Angelo está lá para que não esqueçamos quem somos para nos lembrar aonde chegamos, diante dela não há como retroceder, ela é nossa consciência enquanto humanos, sem a arte voltaríamos às trevas.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O escritor francês André Malraux, um ateu, anuncia que o século 21 será religioso ou não será. Seu colega argentino Jorge Luiz Borges vê o século 21 como o da ascensão da barbárie. </span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A meu ver ambos pressentem a mesma coisa, dificilmente Malraux fala de religião aos moldes do passado, no meu entendimento ele se refere à etimologia da palavra, sua origem, religião vem de religare, religar, conectar-se outra vez. Da mesma forma a observação de Borges aponta a barbárie como consequência natural da alienação contemporânea. Do desligamento do homem da sua natureza essencial, e da sua opção por elementos substitutos que é o padrão contemporâneo de produção e consumo. A barbárie a que se refere o Borges diz respeito ao fato que o próprio homem se tornou objeto de consumo, ele também é um produto de massa. Massificado, alienado e sem nenhuma individualidade.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggfVzUD6dQtTZlTi5foVpWuyA-I2QH4MrKVz397QN74inyXD3F1N4l9emWcJx-1mjTPAAB1iFWB4GH7X6awZ2FQHYml4AVj40lsGMiRJFc5PyhNrBr6APmBmE2twD2SIlq8JtkphbnbbI/s1600/bode-rei.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggfVzUD6dQtTZlTi5foVpWuyA-I2QH4MrKVz397QN74inyXD3F1N4l9emWcJx-1mjTPAAB1iFWB4GH7X6awZ2FQHYml4AVj40lsGMiRJFc5PyhNrBr6APmBmE2twD2SIlq8JtkphbnbbI/s1600/bode-rei.jpg" /></a><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A arte do século 21, e esta é uma afirmação minha, retomará seu papel sagrado, seu lugar de guia dos sonhos de um homem inteiro e integrado. Seu papel de linguagem espiritual, ponte de comunicação entre a parte e o todo, uma nova arte totêmica, expressão do comum a todos, um elemento de comunhão.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É este o pensamento que me guia e sustenta, esta loucura é cíclica, uma hora passa.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghMB_kqDF4QGz599nlDW4DoWzawrLcUA8uJ3jQJH9D4UgZ85XunhyETu-h6M0PfB7CCdv6OH4xjtk6yQLeF6J_wDyeeDQu7h0Go9lk1ItZEAkozBkNu5ca7SzLFrdhdk3FvobIWMk_vjc/s1600/porco-boi.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghMB_kqDF4QGz599nlDW4DoWzawrLcUA8uJ3jQJH9D4UgZ85XunhyETu-h6M0PfB7CCdv6OH4xjtk6yQLeF6J_wDyeeDQu7h0Go9lk1ItZEAkozBkNu5ca7SzLFrdhdk3FvobIWMk_vjc/s1600/porco-boi.jpg" /></a><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Fico feliz em saber que afora isto estás bem e feliz, esta é a maior contribuição que podemos dar neste momento ao planeta.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Com um abraço fraterno,</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1f497d; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sergio</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div></span></div><span style="color: #1f497d; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;"><br />
</span><br />
<span style="color: #1f497d; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;"></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Ilustrações: reprodução de pinturas de Sergio Lucena.</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Visite seu site em http://</span></span><a href="http://www.sergiolucena.net/"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">www.sergiolucena.net</span></span></a>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-32296750202233225822010-09-25T23:10:00.000-03:002010-09-25T23:10:13.383-03:00A invenção da verdade ou a versão dos fatosA quem só vê o progresso - como “nunca na história deste país”- tão propalado pelo governo é bom não perder de vista o que ocorre nos bastidores da política palaciana, que vem à tona eventualmente na tinta da dita imprensa burguesa. A máquina orquestrada para a manutenção do poder não deixa nada a dever aos manuais fascistas, que inspiram os tiranetes terceiromundistas, respaldados pelo voto popular. Tomo a liberdade de reproduzir o artigo de Otávio Cabral, de Veja, para que sirva de alerta inclusive aos “lulistas” deslumbrados e aos que ainda se iludem com o PT. Henrique Magalhães<br />
<div><br />
</div><div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span class="Apple-style-span" style="color: #cc0000;">A BUSCA DA HEGEMONIA</span></b></span></div><div><br />
</div><div>A estratégia de supressão da verdade no Brasil caminha em três frentes, conforme os ensinamentos do comunista italiano Antonio Gramsci. Na semana passada foi dado mais um passo importante nessa direção</div></div><div><br />
</div><div><div style="text-align: right;">Otávio Cabral</div><div><br />
</div><div>Há dois meses, um político respeitável testemunhou uma cena insólita no gabinete do presidente Lula. Aliado de primeira hora do governo, ele discutia estratégias eleitorais com o presidente. De repente, sem se anunciar, irrompeu na sala o ministro Franklin Martins, da Comunicação social, eufórico, com as mãos ocupadas por recortes de jornal com notícias sobre a criminosa ofensiva desencadeada pela presidente da Argentina contra a imprensa. Citando trechos das reportagens, Franklin se entusiasmava com a ousadia de Cristina Kirchner em sua guerra contra os jornais e emissoras de televisão argentinos. O presidente ouviu o relato, passou os olhos pelos recortes e fitou o visitante, como se pedisse sua opinião sobre o assunto. “A Argentina é que deveria invejar nosso modelo de liberdade”, disse o político. Franklin apanhou os recortes e deixou o gabinete. A conversa voltou ao tema anterior, eleições, mas deixou no ar um intrigante clima de constrangimento. Franklin Martins foi militante partidário enquanto exerceu a profissão de jornalista, até tornar-se Ministro da Supressão da Verdade do governo Lula.</div><div><br />
</div><div>A estratégia se dá em três frentes, seguindo a cartilha do italiano Antonio Gramsci (1891-1937). Ele ensinou que o comunismo pode ser implantado sem uma revolução nos padrões bolchevistas desde que se suprimam as vozes discordantes até que os militantes obtenham a “hegemonia cultural” da nação.</div><div><br />
</div><div>*A primeira frente da estratégia consiste em criticar a imprensa livre em toda oportunidade, havendo ou não motivo para isso, de modo que, aos poucos, vá se disseminando a descrença em tudo que é publicado sem a chancela oficial do governo ou do partido.</div></div><div><br />
</div><div><div>*A segunda frente é focada em fazer e apoiar leis que tornem cada vez mais inviável o exercício da imprensa livre. São leis que tentam submeter os jornalistas a organizações de controle dominadas por agentes partidários e governamentais – e as de origem econômica que visam a minar gradativamente as fontes de financiamento da imprensa pela iniciativa privada na forma de anúncios.</div><div><br />
</div><div>*O terceiro mandamento gramsciano determina que, na busca da “hegemonia cultural”, o comunista deve criar ou apoiar jornais, revistas e redes de televisão controlados pelo partido, para que eles concorram com a imprensa livre na busca da atenção de leitores e telespectadores. Dessa maneira, ensina Gramsci, o militante comunista pode fazer seu proselitismo fingindo que está defendendo os interesses gerais da população ou lutando para elevar o nível do jornalismo praticado no país. Tudo enganação. O único objetivo é atingir a “hegemonia cultural”, quando então caberá ao partido determinar o que é versão e o que é fato.</div><div><br />
</div><div>A estratégia teve na semana passada mais um avanço em sua vertente número 3. O presidente Lula compareceu à inauguração da TV dos Trabalhadores (TVT), uma concessão dada ao sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que investiu 15 milhões de reais no projeto – dinheiro oriundo do imposto compulsório descontado dos trabalhadores. Lá, de novo, estava Franklin Martins, elogiando o modelo. O canal, mantido com dinheiro de impostos, terá parte de sua programação produzida pelo governo. “Isso é uma revolução. Mas é irreversível e está apenas começando”, disse o ministro Martins, orgulhoso como um prefeito que inaugura uma ponte.</div><div><br />
</div><div>Desde 2007, Martins passou a despejar dezenas de milhões de reais em cerca de 3 000 pequenas emissoras de rádio no interior do Brasil. Cada uma delas recebe de 5 000 a 10 000 reais por mês, o preço que cobram para divulgar apenas notícias de interesse do partido e do governo. “Nós, por convicção ou necessidade, já tendemos a ser governistas. Ainda mais agora, recebendo verbas para financiar nosso funcionamento, a adesão ao governo Lula é total. Não há rádio ou TV no interior do país que fale mal do governo”, diz um deputado da base aliada, dono de uma emissora de rádio em um pequeno estado do Norte. Citando a própria experiência, ele acrescenta: “Hoje, mais de 50% do orçamento da minha emissora vem de verbas federais. Antes do Lula, a rádio dependia do prefeito. Com o dinheiro do governo, já modernizamos os equipamentos e reformamos a sede da emissora. Os locutores e apresentadores estão orientados a dizer que tudo o que o governo faz é sempre bom”.</div><div><br />
</div><div>Na semana passada, durante uma manifestação no Rio de Janeiro contra a censura aos programas humorísticos, Marcelo Madureira, do programa Casseta & Planeta, da Rede Globo, fez um desabafo. Perguntado sobre quem estaria por trás do cerco que se tenta fazer às liberdades, respondeu: “É o seu Franklin Martins e essa picaretagem lá que ficam mandando recadinhos para a gente, que não pode fazer piada”. O Palácio do Planalto tem “lembrado” a emissoras que o governo é o responsável pela renovação das concessões dos canais de televisão. Tem lembrado também que é o governo que define o destino das milionárias verbas de publicidade das empresas estatais, que patrocinam programas e eventos televisivos. Os recados não chegam em forma de piada. Viva a “hegemonia cultual”.</div></div><div><br />
</div><div>Veja, edição 2180, ano 43, nº 35, 1º de setembro de 2010, p.66-67.</div>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-3917996465800811512010-09-25T22:46:00.001-03:002010-09-25T22:53:13.984-03:00Marca de Fantasia investe na produção digitalDesde que surgiu em 1995, a editora Marca de Fantasia segue as mudanças que se impõem nos campos editorial, tecnológico e comportamental. Dos recursos rudimentares da efervescente época dos fanzines, chegou à impressão a laser e offset, procurando alcançar o melhor nível na perspectiva de produzir com qualidade editorial e baixo custo.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr1tSMJYs4IfD2_iY4thheo5s-9yVM9_XiUXRIfzVr2LL17jbV3hyphenhyphenLS3ld5sTSngC3I7pSWvTSDY9jzMhldP4B1hp-u2WY4_1dnoSGClxqVCdXCRx9mfpYI2tJtTGQrMELYpon98GEpc8/s1600/jornalismo-ebook-web.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="137" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr1tSMJYs4IfD2_iY4thheo5s-9yVM9_XiUXRIfzVr2LL17jbV3hyphenhyphenLS3ld5sTSngC3I7pSWvTSDY9jzMhldP4B1hp-u2WY4_1dnoSGClxqVCdXCRx9mfpYI2tJtTGQrMELYpon98GEpc8/s200/jornalismo-ebook-web.jpg" width="200" /></a><br />
Um passo importante, diria fundamental, foi sua inserção na internet, ampliando horizontes, queimando etapas e suprimindo intermediários. Com o sítio atualizado mensalmente – às vezes duas ou mais vezes ao mês – a editora chega rapidamente ao leitor, pratica a venda direta a preço de custo e diversifica sua gama editorial.<br />
<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM32jJAJjDtfitH6aGNycuA_ozDxSEmP90IO2GMJA75E_WZTNOrSweAhvQ6zx0dkAZPy14mPHm9LuNyFPDG_ckmP2qUDp8I74EFMARG23WAOuOGuAY0OPhvhYqRM3jIuGOhebZG_N0chQ/s1600/setoque-ebook-web.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM32jJAJjDtfitH6aGNycuA_ozDxSEmP90IO2GMJA75E_WZTNOrSweAhvQ6zx0dkAZPy14mPHm9LuNyFPDG_ckmP2qUDp8I74EFMARG23WAOuOGuAY0OPhvhYqRM3jIuGOhebZG_N0chQ/s200/setoque-ebook-web.JPG" width="200" /></a>Sempre atenta às inovações, a editora começa a vislumbrar a consolidação de uma nova forma de produção, que fomenta um produto novo, para atingir o leitor que também se mostra aberto às mudanças rápidas, quando não vertiginosas. As edições virtuais, ou eletrônicas, prometem ocupar um largo espaço no campo da editoração, e a Marca de Fantasia já está presente nessa nova realidade.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuj9N2_EB5uSTSgxlut4_QnOD-iF77e_f_rFU9QHd44KHw9EUWjPO_D1ZJYmx97HsMExN_Lu03N3cKkz17NIVL393ospIEcbITzGdT3Zw_3IvNadfNU1n1Wtx-ysygRIqyCT2QeDiaSbc/s1600/discursodosursos-ebook-web.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuj9N2_EB5uSTSgxlut4_QnOD-iF77e_f_rFU9QHd44KHw9EUWjPO_D1ZJYmx97HsMExN_Lu03N3cKkz17NIVL393ospIEcbITzGdT3Zw_3IvNadfNU1n1Wtx-ysygRIqyCT2QeDiaSbc/s200/discursodosursos-ebook-web.JPG" width="200" /></a>De forma experimental, lançou alguns livros e álbuns de quadrinhos em arquivos digitais para serem lidos no computador ou em qualquer veículo que dê suporte ao formato pdf. São muitas as vantagens desse tipo de edição: o penoso processo editorial de impressão e montagem das publicações é substituído pela edição digital, que por ser mais rápida, pode intensificar o número de novas publicações. O custo de produção cai praticamente zero, reduzindo-se à assinatura do provedor. Para o leitor isto traz a vantagem de ter o livro por um preço ainda menor que o praticado para a edição impressa, já que a publicação pode ser replicada indefinidamente.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq84X9_QgeQ702nK5aHIcSMZu1TmZ4uGSlV2WqHeNdEwh-KqJa5Fs6XHZ98IAA8ozMPHA4I7ywfzd4HOkvlnuwpKXKURyIkYSD4e1AAji6yOUqRjwR5fsV2gjAyGHicOAqSBadtQth_2s/s1600/eb-gag-2009-web.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="136" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq84X9_QgeQ702nK5aHIcSMZu1TmZ4uGSlV2WqHeNdEwh-KqJa5Fs6XHZ98IAA8ozMPHA4I7ywfzd4HOkvlnuwpKXKURyIkYSD4e1AAji6yOUqRjwR5fsV2gjAyGHicOAqSBadtQth_2s/s200/eb-gag-2009-web.jpg" width="200" /></a></div><br />
Para o padrão editorial da Marca de Fantasia, as edições impressas tinham que ser em preto e branco, com número limitado de páginas. Com a edição virtual, dispõe-se de outros recursos inerentes ao meio, como a utilização de cores e a navegação por hiperlinks, tornando a leitura mais dinâmica.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZtRBFd9j-lw5-3oIMtq7CURG9YEiREE75bOipojmAB8GrefOxy2RYIfiDEPwE0Mk01Ad7VyvAbuwsG53_eNlamYURNstngj9RRarfBMN-kh3dWGW31CtBTg-xZJ3m0vupI86giS-oyzU/s1600/katita-ebook-web.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZtRBFd9j-lw5-3oIMtq7CURG9YEiREE75bOipojmAB8GrefOxy2RYIfiDEPwE0Mk01Ad7VyvAbuwsG53_eNlamYURNstngj9RRarfBMN-kh3dWGW31CtBTg-xZJ3m0vupI86giS-oyzU/s200/katita-ebook-web.jpg" width="200" /></a>A Marca de Fantasia passa, então, a trabalhar com duas formas de edição: as impressas, veiculando as obras em quadrinhos; as virtuais, para os livros de ensaios sobre História em Quadrinhos, Artes, Comunicação, Cultura Pop e afins. Estamos cientes que o público de quadrinhos conserva um forte apego à materialidade das revistas e álbuns, e manteremos essa característica. Para o público acadêmico, cada vez mais habituado aos avanços tecnológicos, os livros teóricos no formato digital são uma vantagem, pelas inúmeras possibilidades oferecidas pelo formato.<br />
<br />
Henrique Magalhães<br />
18/07/10Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-57365542773351714512010-09-25T22:36:00.000-03:002010-09-25T22:36:14.179-03:00Jogos de prazerO Dia do Orgulho Gay é pra se comemorar todo dia e não apenas no 28 de junho. Isto o fazem muito bem Rico e Jurandir, que sabem levar a vida com boa dose de orgulho e muita disposição de luta, pra fazer valer o direito ao seu prazer.<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: #cc0000;"> </span><span class="Apple-style-span" style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: #cc0000;">Rendez-vous - Henrique Magalhães</span></span><span class="Apple-style-span" style="background-color: #cc0000;"> </span></span></span></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh21xD34G8VZn910qSBLQJx6LeGT61th8d9qfGP2a5VbVQQE1KkUfc2XyToOalIJf1V-vsM4YCjlbGAdmSbFiIx8YP97j1GgZGV1Q_ak37JUxst9JkTFfMCftrmgfr4gjbngkLm1r8F3yY/s1600/rendezvous-19-10-web.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="110" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh21xD34G8VZn910qSBLQJx6LeGT61th8d9qfGP2a5VbVQQE1KkUfc2XyToOalIJf1V-vsM4YCjlbGAdmSbFiIx8YP97j1GgZGV1Q_ak37JUxst9JkTFfMCftrmgfr4gjbngkLm1r8F3yY/s320/rendezvous-19-10-web.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_jrjJWvKj8Ew8Lw9mkxp6tfrB3o3kzcHLJR1MkIP_WaMrekJj-i1hxjEtO193Jvlrn1sbf04F93fBU0UVYb9ebpqUni-qsuqNSNwg-dH5MG3EWlnWuP1KUZQSBoaEVKvxbX3i8eE3ygU/s1600/rendezvous-20-10-web.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="110" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_jrjJWvKj8Ew8Lw9mkxp6tfrB3o3kzcHLJR1MkIP_WaMrekJj-i1hxjEtO193Jvlrn1sbf04F93fBU0UVYb9ebpqUni-qsuqNSNwg-dH5MG3EWlnWuP1KUZQSBoaEVKvxbX3i8eE3ygU/s320/rendezvous-20-10-web.JPG" width="320" /></a></div>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-81561762116703251812010-06-28T19:20:00.004-03:002010-06-28T19:24:34.941-03:00Uma Marmota com orgulho!.<br />
Em 28 de junho de 1969 um grupo de homossexuais enfrentou a polícia que os perseguia no bar Stonewall Inn, em Nova Iorque. O levante durou várias noites, marcando o 28 de junho como o Dia Internacional do Orgulho Gay. A luta continua, pela igualdade de direitos, pela liberdade de expressão, pelo amor livre e sem discriminação.<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #660000;">Rendez-Vous</span></span></span> - com Maria e Pombinha<br />
De Henrique Magalhães<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeb6lXJNXZIj2Al4TcMMJFvqt9DHIxGTk34xkaPlpdTuJAMH-8MGMsKP8cfH4kbJKqZpziu_cq5Fi47Yc_IYEVjd32VpaPllmkbJhiRa14Na-Xs3SLJHxunRr9gZOtSe2ole6aLCCAyls/s1600/rendez-vous-17-2010-cor.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeb6lXJNXZIj2Al4TcMMJFvqt9DHIxGTk34xkaPlpdTuJAMH-8MGMsKP8cfH4kbJKqZpziu_cq5Fi47Yc_IYEVjd32VpaPllmkbJhiRa14Na-Xs3SLJHxunRr9gZOtSe2ole6aLCCAyls/s320/rendez-vous-17-2010-cor.JPG" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVJ4_qQpN7FD9yhq-ob7XYzgzdQ9C54pK9rCfO6-V3TVZTk061VEtejMM55JLgh_3iPcr-MtaDW6RfK7PVhju-uWiMzgBBhvweqkr-XXLbhWZ0lgOscHh1XHeUyOTeBaIJpN68WuI7ZzI/s1600/rendez-vous-18-2010-cor.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="107" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVJ4_qQpN7FD9yhq-ob7XYzgzdQ9C54pK9rCfO6-V3TVZTk061VEtejMM55JLgh_3iPcr-MtaDW6RfK7PVhju-uWiMzgBBhvweqkr-XXLbhWZ0lgOscHh1XHeUyOTeBaIJpN68WuI7ZzI/s320/rendez-vous-18-2010-cor.JPG" width="320" /></a></div>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-68138593339748306962010-06-23T16:50:00.001-03:002010-06-23T16:51:00.124-03:00Ensino religioso<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: left; text-indent: 0cm;"><span style="color: #444444;">Em matéria recente publicada na página Uol Educação, do portal Uol, a antropóloga e professora Débora Diniz alerta para o estímulo e o preconceito fomentado pelo ensino religioso nas escolas públicas. Vale conferir e refletir. HM.</span></div><div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: left; text-indent: 0cm;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;"><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Livros de ensino religioso em escolas públicas estimulam homofobia e intolerância, diz estudo</span></span></span></b></div><div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: left; text-indent: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Uma pesquisa da UnB (Universidade de Brasília) concluiu que o preconceito e a intolerância religiosa fazem parte da lição de casa de milhares de crianças e jovens do ensino fundamental brasileiro. Produzido com base na análise dos 25 livros de ensino religioso mais usados pelas escolas públicas do país, o estudo foi apresentado no livro “Laicidade: O Ensino Religioso no Brasil”, lançado na última terça-feira (22) em Brasília.</span></div><div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: left; text-indent: 0cm;"><span style="color: #444444;">“O estímulo à homofobia e a imposição de uma espécie de ‘catecismo cristão’ em sala de aula são uma constante nas publicações”, afirma a antropóloga e professora do departamento de serviço social, Débora Diniz, uma das autoras do trabalho.<o:p></o:p></span></div><div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: left; text-indent: 0cm;"><span style="color: #444444;"><b>Na sua opinião, o ensino religioso estimula a homofobia?</b></span></div><div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: left; text-indent: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">A pesquisa analisou os títulos de algumas das maiores editoras do país. A imagem de Jesus Cristo aparece 80 vezes mais do que a de uma liderança indígena no campo religioso -limitada a uma referência anônima e sem biografia-, 12 vezes mais que o líder budista Dalai Lama e ainda conta com um espaço 20 vezes maior que Lutero, referência intelectual para o Protestantismo. João Calvino nem mesmo é citado.</span></div><div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: left; text-indent: 0cm;"><span style="color: #444444;">O estudo aponta que a discriminação também faz parte da tarefa. Principalmente contra homossexuais. “Desvio moral”, “doença física ou psicológica”, “conflitos profundos” e “o homossexualismo não se revela natural” são algumas das expressões usadas para se referir aos homens e mulheres que se relacionam com pessoas do mesmo sexo. Um exercício com a bandeira das cores do arco-íris acaba com a seguinte questão: “Se isso (o homossexualismo) se tornasse regra, como a humanidade iria se perpetuar?”.<o:p></o:p></span></div><div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 2.4pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 2.4pt; mso-outline-level: 3; text-align: left; text-indent: 0cm;"><b><span style="color: black;">Nazismo<o:p></o:p></span></b></div><div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: left; text-indent: 0cm;"><span style="color: #444444;">A pesquisadora afirma que o estímulo ao preconceito chega ao ponto de associar uma pessoa sem religião ao nazismo – ideologia alemã que tinha como preceitos o racismo e o anti-semitismo, na primeira metade do século 20. “É sugerida uma associação de que um ateu tenderia a ter comportamentos violentos e ameaçadores”, observa Débora. “Os livros usam de generalizações para levar a desinformação e pregar o cristianismo”, completa a especialista, uma das três autoras da pesquisa.<o:p></o:p></span></div><div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: left; text-indent: 0cm;"><span style="color: #444444;">Os números contrastam com a previsão da Lei de Diretrizes e Base da Educação de garantir a justiça religiosa e a liberdade de crença. A lei 9475, em vigor desde 1997, regulamenta o ensino de religião nas escolas brasileiras. “Há uma clara confusão entre o ensino religioso e a educação cristã”, afirma Débora. A antropóloga reforça a imposição do catecismo. “Cristãos tiveram 609 citações nos livros, enquanto religiões afro-brasileiras, tratadas como ‘tradições’, aparecem em apenas 30 momentos”, comenta a especialista.<o:p></o:p></span></div><i><span style="color: #444444; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Da redação em São Paulo, com informações da Agência UnB, em 23/06/10.<br />
<br />
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/06/23/livros-de-ensino-religioso-no-brasil-estimulam-homofobia-e-intolerancia-diz-estudo-da-unb.jhtm</span></i>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-83904414685335578632010-05-10T18:16:00.007-03:002010-05-10T18:27:43.232-03:00Katita: o preconceito é um dragão<span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; font-family: 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px;"></span><br />
<div class="parag-resenha" style="font-size: 16px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF6-fKirc7ZY00R2vELaHqXoc9tMFFHRGfu13binGghvokyu0mqFehyWi4Cusi0zi1OD5_oVvVAGdacIc-_2umpSHWVUy3kU2EXalXfc_wwmrOvXh1ItGwRZImpFiPdx1sl-Wg7Cks0BU/s1600/07-katitarevista.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF6-fKirc7ZY00R2vELaHqXoc9tMFFHRGfu13binGghvokyu0mqFehyWi4Cusi0zi1OD5_oVvVAGdacIc-_2umpSHWVUy3kU2EXalXfc_wwmrOvXh1ItGwRZImpFiPdx1sl-Wg7Cks0BU/s320/07-katitarevista.JPG" width="220" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Quem já não conhece Anita Costa Prado e sua personagem Katita? No meio dos quadrinhos brasileiros, Anita conseguiu em pouco tempo não só tornar sua personagem uma referência obrigatória como conquistar um espaço de destaque, colecionando indicações e prêmios. A perseverança, o bom relacionamento com o público e a clareza de objetivos é o segredo do sucesso de Anita, além da temática inusual e a coerência da obra. A tudo isso, acrescente-se o belo traço de Ronaldo Mendes, que dá uma bela representação à personagem.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Pela Marca de Fantasia Anita lançou o álbum Katita: tiras sem preconceito , que se encontra na segunda edição. Com ele, estabeleceu uma boa rede de leitores, muito além do alcance de público da editora. Suas ações em eventos e contatos com a imprensa foram fundamentais para a difusão do álbum e da personagem, consolidando seu trabalho como um dos mais criativos e inovadores dos quadrinhos humorísticos brasileiros. O trabalho de Anita ressente-se de uma difusão ampla, que chegue ao grande público, que só o mercado editorial pode oferecer. A falta de visão dos editores brasileiros infelizmente tem relegado ao círculo de aficionados o que há de inovador em nossos quadrinhos.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="parag-resenha" style="font-size: 16px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Henrique Magalhães</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="http://www.marcadefantasia.com/resenhas/revistas/katitarevista.htm">Katita: o preconceito é um dragão</a></span></b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Anita Costa Prado & Ronaldo Mendes</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Série Corisco, nº 7</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">João Pessoa: Marca de Fantasia, 2010. 32p. 14x20cm. R$5,00</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><a href="http://www.marcadefantasia.com/">www.marcadefantasia.com</a></span></div>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-25819211516623217322010-05-02T20:37:00.006-03:002010-05-02T20:44:48.190-03:00Rango: 40 anos de fome de viverH. Magalhães<br />
<br />
<br />
Uma das figuras mais marcantes da cultura brasileira na década de 1970 foi um tipo raquítico, depauperado, imundo e faminto. Longe do glamour da crescente indústria cultural, foi uma personagem de quadrinhos quem chamou a atenção de um público seleto, mas barulhento. Falamos de Rango, de Edgar Vasques, que estreou para o leitor nacional pela L&PM Editora, cuja obra inaugural foi justamente o próprio Rango.<br />
<br />
Os 40 anos de Rango, completados em 2010, merece mais que um olhar saudosista, merece o reconhecimento de sua inequívoca longevidade e de sua surpreendente contemporaneidade. Rango chocou o bom gosto da elite e da classe média nacional ao expor as entranhas purulentas da sociedade. Personagem jogado à própria sorte, retratava de forma crua os seres indignos que perambulam maltrapilhos pelos becos e sob os viadutos das grandes cidades. Sua fonte de abastecimento, quando não também sua moradia, se restringe aos lixões, os esgotos de nossa sociedade de consumo.<br />
<br />
Rango funcionou muito bem como crítica contundente das injustiças sociais, de forma explosiva em plena ditadura militar, ufanista do “Brasil grande” e do “milagre econômico”. Com humor cáustico, que de forma alguma arranca risos, Edgar construiu com Rango uma lenda, que como toda lenda, com sua aura fantasmagórica, acabou por marcar toda sua obra, tirando-lhe do foco a grandiosidade imagética do conjunto de sua produção.<br />
<br />
Mas não culpemos Rango por isso. Seu impacto, bem como sua redundância, que se aplica tão bem ainda nos dias atuais, deve-se à imutável realidade brasileira, 40 anos depois patinando nas mesmas desigualdades. Edgar é maior que Rango, que já é monumental. Junto com Rango, Edgar merece as homenagens por criar uma personagem que resiste ao tempo, que resiste às fórmulas fáceis dos humorísticos atuais, por fim, que resiste à indiferença injuriosa do mercado editorial.<br />
Enquanto houver fome, Rango!<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMAShB-RXh_9YgWVhrq9pKSZh_8N5l0F-AReUhmJU5Camxru1oi_Z96_Ev7lM95TYGVB91hk9URzwNU-IL5g_svQkAfdOO14t-U1RP3O0GromOPDKxooKe5oBbFbFuD-cFhXCzBB1tzig/s1600/rangocor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMAShB-RXh_9YgWVhrq9pKSZh_8N5l0F-AReUhmJU5Camxru1oi_Z96_Ev7lM95TYGVB91hk9URzwNU-IL5g_svQkAfdOO14t-U1RP3O0GromOPDKxooKe5oBbFbFuD-cFhXCzBB1tzig/s320/rangocor.jpg" width="320" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Leia mais sobre Edgar Vasques no fanzine Top! Top! 23.<br />
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: underline;"><a href="http://www.marcadefantasia.com/resenhas/revistas/toptop23.htm">www.marcadefantasia.com/resenhas/revistas/toptop23.htm</a></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX1ehIEJ4dlpnnocK3V2P5xdVo1oq_xzQIC0EtHkQCB1VvDYCju_pgOxrpo7X0VSTF4TdzEgWmh99emZYd-zC0xDUrPaVUNAjnX1_BgWoDlkEmt7-Z0Iwlsx6CxGHUG_hyaFkRkyquILc/s1600/toptop-23.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX1ehIEJ4dlpnnocK3V2P5xdVo1oq_xzQIC0EtHkQCB1VvDYCju_pgOxrpo7X0VSTF4TdzEgWmh99emZYd-zC0xDUrPaVUNAjnX1_BgWoDlkEmt7-Z0Iwlsx6CxGHUG_hyaFkRkyquILc/s200/toptop-23.jpg" width="140" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX1ehIEJ4dlpnnocK3V2P5xdVo1oq_xzQIC0EtHkQCB1VvDYCju_pgOxrpo7X0VSTF4TdzEgWmh99emZYd-zC0xDUrPaVUNAjnX1_BgWoDlkEmt7-Z0Iwlsx6CxGHUG_hyaFkRkyquILc/s1600/toptop-23.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMAShB-RXh_9YgWVhrq9pKSZh_8N5l0F-AReUhmJU5Camxru1oi_Z96_Ev7lM95TYGVB91hk9URzwNU-IL5g_svQkAfdOO14t-U1RP3O0GromOPDKxooKe5oBbFbFuD-cFhXCzBB1tzig/s1600/rangocor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none; color: black;"><span class="Apple-style-span" style="color: #0000ee;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none; color: black;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none;"></span></span></span></span></span></a></div>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-87374216263061206472010-05-02T20:18:00.004-03:002010-05-02T20:25:17.377-03:00Fanzine Top! Top! ganha versão digitalH. Magalhães<br />
<br />
O fanzine Top! Top!, editado por Henrique Magalhães, ganha novo projeto editorial. A cada edição impressa, agora será editada uma edição virtual, que poderá ser carregada livremente no sítio da editora Marca de Fantasia (<a href="http://www.marcadefantasia.com/">www.marcadefantasia.com</a>). A edição eletrônica, ou e-zine, conta com novo registro de publicações periódicas, o ISSN, fortalecendo o catálogo da editora com mais essa indexação editorial.<br />
<br />
A versão impressa do fanzine tem uma trajetória bastante diversificada, especializando-se na promoção dos novos quadrinistas brasileiros e no resgate da obra dos mestres, além de apresentar textos críticos e resenhas sobre a produção independente nacional. A cada número tem-se uma longa entrevista com um autor em evidência ou consagrado, traçando um perfil pessoal e de sua obra. Os quadrinhos congêneres internacionais também têm destaque no Top! Top!, a exemplo dos cubanos e argentinos, que já participaram de suas edições.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPJ57ChiDTzLbH21Rr2mNiRl3fuJPx_td7psMVA6Fbrae3E1muRIeM0zlHMyiU8bf2qNqY2_yox6LEYeCwFqFOJg8scYOLUTmUdAjQcvfd4am6VIfJH5CP0WLuJa_qWdPqjf3tdqxz9XA/s1600/toptop-26.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPJ57ChiDTzLbH21Rr2mNiRl3fuJPx_td7psMVA6Fbrae3E1muRIeM0zlHMyiU8bf2qNqY2_yox6LEYeCwFqFOJg8scYOLUTmUdAjQcvfd4am6VIfJH5CP0WLuJa_qWdPqjf3tdqxz9XA/s200/toptop-26.jpg" width="139" /></a>Com o objetivo de promover ainda mais os quadrinhos, o fanzine terá as duas edições simultâneas, a impressa e a virtual. Cada publicação, contudo, terá características próprias, de acordo com os condicionamentos do meio. A versão impressa continua fundamental como registro e por atender aos que curtem a materialidade da publicação, como os colecionadores e fãs. Ela também é importante pelo fácil acesso para leitura e pesquisa em gibitecas e outras bibliotecas.<br />
<br />
A versão eletrônica do fanzine mantém o mesmo conteúdo, mas com nova diagramação. A possibilidade de navegação por meio de hiperlinks abre novas perspectivas para o fanzine, que ganha dinamismo em sua leitura e amplitude, podendo remeter a fontes complementares. A utilização de cores é outro diferencial na versão digital, o que é um forte impedimento na versão impressa. Além da capa, que na edição impressa é a única peça colorida, na edição virtual todo o projeto gráfico pode ser pensado com outro padrão estético, o que valoriza ainda mais o trabalho dos autores.<br />
<br />
A difusão é, sem dúvida, o objetivo principal do fanzine Top! Top!, que ganha em força e qualidade com a edição digital. Com isso, espera-se que ela conquiste novos leitores para a edição impressa, que continua um mimo editorial.<br />
_______________________<br />
<div><br />
</div><div><div><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">Top! Top!</span></span></b> 26 (impresso)</div><div>Com Edgard Guimarães</div><div>Edição Henrique Magalhães</div><div>Marca de Fantasia, fevereiro de 2010, 52p, formato 14x20cm. R$8,00.</div><div>Resenha em <a href="http://www.marcadefantasia.com/resenhas/revistas/toptop26.htm">www.marcadefantasia.com/resenhas/revistas/toptop26.htm</a></div><div><br />
</div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>Top! Top!</b></span></span> 26 (e-zine, em pdf)</div><div>Acesso em <a href="http://www.marcadefantasia.com/ebook/e-zine-toptop26.pdf">www.marcadefantasia.com/ebook/e-zine-toptop26.pdf</a></div></div>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-65991061159301605572010-02-13T11:24:00.000-03:002010-02-13T11:24:32.254-03:00Mais uma marmota de carnaval<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIccgTeTFfTwBk38ufUZNKMSfp7ov8MVjZeCJTanpXWr7_JifKHdz4ksVwFqwReI4PoeACOwXTjdkOT2KFVJCEi8zly_V33JkY4Q4CaGlOqZoMF7iS2DS8B6Qwm2s3QcV3v8R5bjjkXrA/s1600-h/maria-06-10-web.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="109" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIccgTeTFfTwBk38ufUZNKMSfp7ov8MVjZeCJTanpXWr7_JifKHdz4ksVwFqwReI4PoeACOwXTjdkOT2KFVJCEi8zly_V33JkY4Q4CaGlOqZoMF7iS2DS8B6Qwm2s3QcV3v8R5bjjkXrA/s320/maria-06-10-web.JPG" width="320" /></a></div>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-12010917023197531332010-02-11T23:05:00.000-03:002010-02-11T23:05:27.385-03:00Carnavais de sonho e fantasia<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">Henrique Magalhães</div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><br />
O tempo tem outra medida quando se é criança. As festas levam séculos para chegar, mas quando chegam, duram pra valer, na intensidade da entrega da emoção. Diferente das prévias previsíveis de hoje, o carnaval pelos idos dos anos 1960 começava bem antes dos quatro dias de Momo. O primeiro grito de carnaval era a virada do ano, no tradicional baile do clube Cabo Branco, reservado apenas aos adultos, pois varava a madrugada até o amanhecer. Crianças, como eu, ficavam curtindo a folia de tabela, pelos relatos eufóricos dos mais velhos. Depois vinha o Vermelho e Branco, do Cabo Branco, o Azul e Branco, do clube Astréa e outras prévias carnavalescas espalhadas pelos bairros.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;">Esse clima contagiante e crescente culminava com o carnaval, apoteose de alegria, extravagância de cores e fantasia. Mas o carnaval para mim começava com a tradicional visita acompanhada de meu pai ao clube AABB (Associação Atlética Banco do Brasil), que ficava no limiar do Centro e dos bairros de Jaguaribe e da Torre, e a três quarteirões de minha casa. O que me fascinava era ver a construção da cena onde ocorreria a folia, com suas máscaras gigantes, colunas de madeiras e plásticos que ganhariam luzes num festival multicor.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;">Não cheguei a conhecer na infância um carnaval de rua digno do nome. O que me tocava o espírito eram os tambores que ecoavam da Torre, que em minha ingenuidade remetiam a tribos de índios de verdade. Muito depois descobri que nesse bairro tão próximo do Centro, mas na época tão pobre e periférico, fervilhavam tribos indígenas carnavalescas, escolas de samba, orquestras de frevo e, noutra época do ano, uma infinidade de quadrilhas juninas, formando um celeiro exuberante de cultura popular.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;">Carnaval de rua era um carnaval pra se ver, com o desfile das escolas de samba, orquestras, troças e tribos. O povo brincava vendo os outros brincar. Isso que se chama hoje “Carnaval Tradição”, que anualmente desfila na passarela da avenida Duarte da Silveira, numa demonstração de resistência cultural. Fora isso, havia o corso, que substituiu pobremente com lama, maizena e pó de serra, o desfile de carros alegóricos com confete e lança-perfume do tempo de meus pais.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><br />
</div><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">Meu carnaval, portanto, era mesmo nas matinês no salão do AABB, girando no sentido anti-horário, seguindo a corrente ao som das marchinhas de antigamente e atuais no sopro da orquestra de frevo. Meu sonho era entrar no salão dos grandes, no “palácio de vidro”, onde havia uma decoração mais caprichada e a folia era mais efusiante. Até o dia em que consegui furar o bloqueio dos porteiros/seguranças que controlavam a entrada pela idade dos foliões. Brinquei, pulei ao refrão de “Máscara negra”, rodei o salão e me mostrei para chamar a atenção dos amigos que ficaram de fora. Em vão. Ninguém percebeu. Então saí e fui brincar em meu salão, com a pirralhada, apanhando o resto de rolos de serpentinas para atirá-los novamente, redistribuindo alegria. </span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><br />
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglTP1AdyyHdG0XUd_CTxMLnN_PDLh1ru8htwTlxIyNNuzTHqX6LsL-wDQkzKbtqaJn1T80sb4NfDoH2jARzyCATNudAS3D2L3GIUHtFdgL9sGqCO8EVph7FEq_aaM1XeV8VzZ8QZU1Lio/s1600-h/cinquenta-carnavais.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglTP1AdyyHdG0XUd_CTxMLnN_PDLh1ru8htwTlxIyNNuzTHqX6LsL-wDQkzKbtqaJn1T80sb4NfDoH2jARzyCATNudAS3D2L3GIUHtFdgL9sGqCO8EVph7FEq_aaM1XeV8VzZ8QZU1Lio/s320/cinquenta-carnavais.JPG" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><br />
</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><br />
</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;">Texto originalmente publicado</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;">no livro Cinquenta Carnavais,</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;">Organizado por Fernando Moura</span></span>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-44822315658622295322010-02-11T22:56:00.001-03:002010-02-11T22:57:58.399-03:00Uma marmota especial de carnaval<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;"><span class="Apple-style-span" style="color: #cc0000;">Maria</span></span> - Henrique Magalhães<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4x925JQNZZZubiYOuotoG98PLpi-RqRX_EAS9QqEcDts26gl6szk2gPpsl0E7a2WAXp1EPttXkSHoJqeFWOv9m-5eOWCb0-Zsp_mscsDgZuLfpSf5mKDjnY7XKEBzgQTLrKO_EtnM3yM/s1600-h/maria-05-10-web.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="107" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4x925JQNZZZubiYOuotoG98PLpi-RqRX_EAS9QqEcDts26gl6szk2gPpsl0E7a2WAXp1EPttXkSHoJqeFWOv9m-5eOWCb0-Zsp_mscsDgZuLfpSf5mKDjnY7XKEBzgQTLrKO_EtnM3yM/s320/maria-05-10-web.JPG" width="320" /></a></div>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-76990888134310160042009-12-07T23:24:00.005-03:002009-12-07T23:53:04.301-03:00João Grilo passa a faixa a Fofão<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><br />
Henrique Magalhães</o:p></span><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nada mais destruidor de reputação que a chegada ao poder. Com o PT não haveria de ser diferente, ou bem que poderia ser, mas o partido empenhou-se em seguir a regra e superar-se no desencanto de uma das mais legítimas e acalentadas quimeras brasileiras.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal;"></span></span><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="line-height: 18px;"><br />
</span></span><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPdNni0P7swqA-79BrPk4WeZ2U_eoivpsfoXNSki3ptdMOqEUPcFoY0OYA9bZavFaBgxsD-XcUEht8OF1x4c-Zysw94yOotiVkn2LKBMUqfy9XZMJmPj2kIcGpybz_i753CiMfYcTquXE/s1600-h/joaogrilo-fofao.JPG" imageanchor="1" style="display: inline !important; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPdNni0P7swqA-79BrPk4WeZ2U_eoivpsfoXNSki3ptdMOqEUPcFoY0OYA9bZavFaBgxsD-XcUEht8OF1x4c-Zysw94yOotiVkn2LKBMUqfy9XZMJmPj2kIcGpybz_i753CiMfYcTquXE/s320/joaogrilo-fofao.JPG" /></a><br />
</div><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Figura de proa na construção do partido, Lula tornou-se desde cedo, e até antes deste, uma figura emblemática, por vezes carismática e messiânica, na promessa de instauração da cidadania plena do povo brasileiro, atolado numa miséria e ignorância próprias da servidão. Tarefa hercúlea e utópica para um ascendente dessa classe desfavorecida, se esperada no transcorrer de um simples mandato de quatro anos. Para alcançá-la, não sem o apoio de um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">enturrage</i> pseudo-intelectual, o partido projetou um comando da nação por pelo menos 20 anos, tempo que considerava suficiente para implantar uma transformação radical política e social.</span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="line-height: 18px;"><br />
</span></span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Qual castelo de cartas que tomba ao primeiro sopro, não demorou em se ver o verdadeiro objetivo do partido ao chegar ao poder. Os ideais transformadores transmutaram-se num projeto de poder a ser alcançado a qualquer custo, com o falso brilho lusco-fusco do povo no poder. O primeiro e fundamental passo para isso foi curvar-se à agenda do governante antecessor, que nem merece o respeito de se citar o nome. A política econômica mantida em mãos confiáveis do capital especulativo internacional garantiria o início da governabilidade, sem ruptura ou desestrutura social. Com as taxas de juros mais altas do mundo, com encargos tributários imorais associados ao descaso dos serviços públicos, essa realidade penaliza escandalosamente o povo para quem se diz trabalhar.</span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="line-height: 18px;"><br />
</span></span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Para isso têm-se as compensações: as bolsas emergenciais para resgatar o povo da miséria tornaram-se programa de governo – e de campanha, evidentemente –, ampliando-se numa cornucópia bizarra a gerar dependência e humilhação. A bolsa escola transformou-se em bolsa família, que deve ser complementada com a bolsa gás e até a bolsa celular – proposta populista do ministro Hélio Costa que lesará ainda mais os cofres públicos e fará a farra as empresas de telefonia. O “espetáculo do crescimento” alardeado por Lula como uma bravata de início de governo não passou disso, dessas frases de efeito que servem para elevar o tom ufanista dos descerebrados e acríticos que seguem tirando o chapéu para o presidente <i style="mso-bidi-font-style: normal;">João Grilo</i>.</span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="line-height: 18px;"><br />
</span></span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Fanfarrão, metido a engraçado, rindo por cima da carne seca, bobo da corte de palácios dos quatro cantos do mundo, esse é o cara, a encarnação de um arquétipo do povo brasileiro, ao molde de um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Macunaíma</i> ou um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">João Grilo</i>, que sabe tirar vantagem de qualquer situação, mesmo naquelas em que está metido até o tutano. Os escândalos de corrupção em que se envolveu o PT são o melhor exemplo disso. Em vez da hombridade de um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mea</i> culpa, o presidente saiu de fininho. Em baixo de suas barbas, a atingir o primeiro escalão de seu governo, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">João Grilo</i> nada viu, nada ouviu e muito menos tinha o que dizer.</span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="line-height: 18px;"><br />
</span></span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O governo, a governabilidade está acima disso tudo, nem que para isso seja preciso fechar acordos espúrios com os herdeiros da ditadura que o PT e o presidente tão diligentemente se empenharam em combater. Cego, surdo, mudo, esse é um governo que diríamos deficiente, ou, para ser politicamente correto, portador de necessidades especiais. Necessidade de se manter no poder para cumprir a agenda de transformação do país, mas numa ótica torta, opaca, desfocada, cheia de ruídos e grunhidos, bem diferente da transcendência que os 500 anos de opressão ansiavam.</span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="line-height: 18px;"><br />
</span></span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Surpreende-nos que no bojo da mistificação latino-americana castrista ou bolivariana o presidente não tenha cedido ao canto sedutor do terceiro mandato, como estratégia para a perpetuação no poder. Contudo, para substituí-lo, uma nova mística está sendo construída de mulher enérgica, resistente, sofrida e digna do poder. Em torno da ministra Dilma Rousseff ergue-se uma máscara de mãezona com maquiagem e peruca que mais parece o saudoso personagem infantil <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fofão</i>. A recauchutagem empreendida na aparência da ministra não consegue disfarçar seu caráter <i style="mso-bidi-font-style: normal;">João Grilo</i>: nas propagandas positivas do governo, é a nova porta-voz, nas equivocadas, passa ao largo. Queria ver a ministra de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">burka</i> a saudar o governante fascista do Irã, a quem Lula pagou um mico internacional. Apregoado pelo governo como ato de independência política do Brasil, a arrogância da diplomacia brasileira não passou de uma irresponsabilidade histórica.</span><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Créditos: João Grilo e Fofão, rindo não sei de que. </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: small;">A partir de fotografia de Dida Sampaio/AE</span></span>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2375275690478295020.post-84050471489819325542009-11-16T12:24:00.014-03:002009-12-07T23:58:54.585-03:00Uma parada do arraso<div class="MsoNormal"><span style="line-height: 17px;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Aos poucos vão chegando, timidamente, meio ressabiados, ficam pela calçada, sobre os bancos, na areia da praia. O ponto de referência é o Sesc Cabo Branco, mas se vê o desfilar da galera desde Tambaú, a uns dois quilômetros, dando sinais de uma modesta excentricidade: um toque colorido no cabelo, uma leveza maneirosa, algum acessório nas cores do arco-íris. É o indício da Parada Gay, ou melhor, Parada da Diversidade Humana LGBT, eufemismo para juntar gays, lésbicas, bissexuais, travesti, transexuais e toda sorte de expressão sexual sem causar incômodo ou constrangimento. Com um nome genérico desses, Parada da Diversidade Humana, cabe qualquer coisa, qualquer norma, qualquer transgressão.</span></span><br />
<span style="line-height: 17px;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span> <span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"> </span></span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNq8tuO1qi4d1J_QkxYv8cot2UrUlyhmZBQVu-8vLwyczgC4ZOTezp2tcBbJ_3MczeqZv3h-7Ejajxqc-dRZJTcL7Cr0QSdGPwLL8x_nC-llxeI_VwVk1-z30z3z7v7zioNw7OZ4bYanY/s1600/foto-02.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNq8tuO1qi4d1J_QkxYv8cot2UrUlyhmZBQVu-8vLwyczgC4ZOTezp2tcBbJ_3MczeqZv3h-7Ejajxqc-dRZJTcL7Cr0QSdGPwLL8x_nC-llxeI_VwVk1-z30z3z7v7zioNw7OZ4bYanY/s200/foto-02.JPG" /></span></span></a><span style="line-height: 17px;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">A intenção é das melhores e o fruto de tal manifestação mexe realmente com a carapuça provinciana da cidade. É bom lembrar que por baixo do verniz civilizatório, essa fina camada sujeita a qualquer intempérie, repousa em estado de vigília a barbárie, que se manifesta violentamente ao menor cutucão. Não foi isso que se viu no episódio da minissaia na Universidade Bandeirante – Uniban – doravante apelidada Unitaliban? Não entremos em detalhes para não mudar o foco, mas fica claro que avançamos em nosso processo civilizatório no arranco, no sopapo, sujeito vez ou outra a descer ladeira abaixo, como uma jamanta sem freio.</span></span><br />
<span style="line-height: 17px;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span> <span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"> </span></span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSDVn41RKoOlFZJJ7ZqbUye7C_QhGb9_MhgteI8d7t_8WwdfBR6yyeEf6Ls_Ynm10upnbh0ulHD1AHgGoWYFdIeHUUhj7CAZtIOrrY-PAjrrJcHbd_JWZOG1Mcp65UgFpttv3tMoi-kbo/s1600/foto-01.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSDVn41RKoOlFZJJ7ZqbUye7C_QhGb9_MhgteI8d7t_8WwdfBR6yyeEf6Ls_Ynm10upnbh0ulHD1AHgGoWYFdIeHUUhj7CAZtIOrrY-PAjrrJcHbd_JWZOG1Mcp65UgFpttv3tMoi-kbo/s200/foto-01.JPG" /></span></span></a><span style="line-height: 17px;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">As paradas gays cumprem esse papel de dar umas arrancadas e achocalhar a pasmaceira do senso comum de uma sociedade que continua machista e preconceituosa e, por tabela, cada vez mais religiosa. Mesmo que uma vez ao ano, as paradas gays são uma afirmação da homossexualidade como uma condição humana legítima e intransigente, são a visibilidade que falta nos 364 dias do ano, mas que se manifesta em sua plenitude e liberdade no espaço seguro dessa ocasional coletividade.</span></span><br />
<span style="line-height: 17px;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span> <span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"> </span></span><br />
<span style="line-height: 17px;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Em torno dos trios elétricos com atrações musicais da cidade ou com música eletrônica teoricamente vale tudo: o beijo arrebatador e fortuito, embalado pela euforia da batida sincopada, o desfilar de jovens de mãos dadas, o carinho e afeto públicos, rompendo a membrana tênue da estratégica privacidade. Isso enquanto não aparece uma câmera fazendo a cobertura televisiva. Na ocorrência, é uma revoada de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais pra todo lado, lembrando que a parada é também um espaço de ficção, que pode ser quebrado a qualquer momento pela realidade incorporada na câmera de televisão.</span></span><br />
<span style="line-height: 17px;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span> <span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"> </span></span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhznC4a560wBMCpm6gEzvdTEepCw0rc2mJaiMqMNnqJfzQe64IG9jGX76vxxBDtkZYdi8q-5lZRkCjhkPlHSqikfzVLzcT5pvHgKf84QdxGCphXvuILEBrOFG-6W9OPXIu2MX9m-5ZD31E/s1600/foto-03.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhznC4a560wBMCpm6gEzvdTEepCw0rc2mJaiMqMNnqJfzQe64IG9jGX76vxxBDtkZYdi8q-5lZRkCjhkPlHSqikfzVLzcT5pvHgKf84QdxGCphXvuILEBrOFG-6W9OPXIu2MX9m-5ZD31E/s200/foto-03.JPG" width="124" /></span></span></a><span style="line-height: 17px;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">O que revela a parada de forma mais incômoda é o caráter reacionário de grande parcela de gays e lésbicas da cidade. A classe média intelectual e “bem pensante” prefere, no momento, ficar em casa com seus livros e vídeos, num exercício de alheamento conveniente e confortador. Para eles não existe parada LGBT, ou não têm nada a ver com isso. A parada não é mais que um punhado de bichinhas fechosas e sapatões querendo aparecer. Pois, são esses gays e lésbicas que namoram dissimuladamente nas boates e festas temáticas, de preferência fora da cidade, na praia do Jacaré, em Recife, em Pipa e Natal. Longe do olhar vigilante da vizinhança de muro baixo ou da família.</span></span><br />
<span style="line-height: 17px;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span> <span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"> </span></span><br />
<span style="line-height: 17px;"><span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">A atitude dos homossexuais classe média intelectualizada denota mais uma faceta da homofobia, cruelmente aplicada contra os próprios, imiscuída com um inclassificável preconceito de classe. A parada é uma manifestação popular, oriunda das periferias, com cara de gente simples, sofrida e muitas vezes discriminada. É “a cara do povo do jeito que ela é”, que exige seus direitos de livre amar, que fecha, esperneia, pinta e borda, que está fazendo, como protagonista, a mudança política da visibilidade e conquistando espaço, ainda que no arranco.</span></span></span><br />
<span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span> <span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"> </span></span><br />
<span style="line-height: 17px;"><span style="line-height: 18px;"><span style="font-style: italic; line-height: normal;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Créditos</span></span></span></span><br />
<span style="line-height: 17px;"><span style="line-height: 18px;"><span style="font-style: italic; line-height: normal;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Fotos de H. Magalhães: foto 1 - Concentração da Parada em frente ao Sesc Cabo Branco, em 15 de novembro de 2009; foto 2 - Dight e Light dão o ar de sua graça; foto 3 - uma "vera gata"</span></span></span></span></span><br />
</div>Henrique Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/11375120506739150647noreply@blogger.com0