segunda-feira, 28 de junho de 2010

Uma Marmota com orgulho!

.
Em 28 de junho de 1969 um grupo de homossexuais enfrentou a polícia que os perseguia no bar Stonewall Inn, em Nova Iorque. O levante durou várias noites, marcando o 28 de junho como o Dia Internacional do Orgulho Gay. A luta continua, pela igualdade de direitos, pela liberdade de expressão, pelo amor livre e sem discriminação.

Rendez-Vous - com Maria e Pombinha
De Henrique Magalhães


quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ensino religioso

Em matéria recente publicada na página Uol Educação, do portal Uol, a antropóloga e professora Débora Diniz alerta para o estímulo e o preconceito fomentado pelo ensino religioso nas escolas públicas. Vale conferir e refletir. HM.
Livros de ensino religioso em escolas públicas estimulam homofobia e intolerância, diz estudo
Uma pesquisa da UnB (Universidade de Brasília) concluiu que o preconceito e a intolerância religiosa fazem parte da lição de casa de milhares de crianças e jovens do ensino fundamental brasileiro. Produzido com base na análise dos 25 livros de ensino religioso mais usados pelas escolas públicas do país, o estudo foi apresentado no livro “Laicidade: O Ensino Religioso no Brasil”, lançado na última terça-feira (22) em Brasília.
“O estímulo à homofobia e a imposição de uma espécie de ‘catecismo cristão’ em sala de aula são uma constante nas publicações”, afirma a antropóloga e professora do departamento de serviço social, Débora Diniz, uma das autoras do trabalho.
Na sua opinião, o ensino religioso estimula a homofobia?
A pesquisa analisou os títulos de algumas das maiores editoras do país. A imagem de Jesus Cristo aparece 80 vezes mais do que a de uma liderança indígena no campo religioso -limitada a uma referência anônima e sem biografia-, 12 vezes mais que o líder budista Dalai Lama e ainda conta com um espaço 20 vezes maior que Lutero, referência intelectual para o Protestantismo. João Calvino nem mesmo é citado.
O estudo aponta que a discriminação também faz parte da tarefa. Principalmente contra homossexuais. “Desvio moral”, “doença física ou psicológica”, “conflitos profundos” e “o homossexualismo não se revela natural” são algumas das expressões usadas para se referir aos homens e mulheres que se relacionam com pessoas do mesmo sexo. Um exercício com a bandeira das cores do arco-íris acaba com a seguinte questão: “Se isso (o homossexualismo) se tornasse regra, como a humanidade iria se perpetuar?”.
Nazismo
A pesquisadora afirma que o estímulo ao preconceito chega ao ponto de associar uma pessoa sem religião ao nazismo – ideologia alemã que tinha como preceitos o racismo e o anti-semitismo, na primeira metade do século 20. “É sugerida uma associação de que um ateu tenderia a ter comportamentos violentos e ameaçadores”, observa Débora. “Os livros usam de generalizações para levar a desinformação e pregar o cristianismo”, completa a especialista, uma das três autoras da pesquisa.
Os números contrastam com a previsão da Lei de Diretrizes e Base da Educação de garantir a justiça religiosa e a liberdade de crença. A lei 9475, em vigor desde 1997, regulamenta o ensino de religião nas escolas brasileiras. “Há uma clara confusão entre o ensino religioso e a educação cristã”, afirma Débora. A antropóloga reforça a imposição do catecismo. “Cristãos tiveram 609 citações nos livros, enquanto religiões afro-brasileiras, tratadas como ‘tradições’, aparecem em apenas 30 momentos”, comenta a especialista.
Da redação em São Paulo, com informações da Agência UnB, em 23/06/10.

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/06/23/livros-de-ensino-religioso-no-brasil-estimulam-homofobia-e-intolerancia-diz-estudo-da-unb.jhtm

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Katita: o preconceito é um dragão


Quem já não conhece Anita Costa Prado e sua personagem Katita? No meio dos quadrinhos brasileiros, Anita conseguiu em pouco tempo não só tornar sua personagem uma referência obrigatória como conquistar um espaço de destaque, colecionando indicações e prêmios. A perseverança, o bom relacionamento com o público e a clareza de objetivos é o segredo do sucesso de Anita, além da temática inusual e a coerência da obra. A tudo isso, acrescente-se o belo traço de Ronaldo Mendes, que dá uma bela representação à personagem.


Pela Marca de Fantasia Anita lançou o álbum Katita: tiras sem preconceito , que se encontra na segunda edição. Com ele, estabeleceu uma boa rede de leitores, muito além do alcance de público da editora. Suas ações em eventos e contatos com a imprensa foram fundamentais para a difusão do álbum e da personagem, consolidando seu trabalho como um dos mais criativos e inovadores dos quadrinhos humorísticos brasileiros. O trabalho de Anita ressente-se de uma difusão ampla, que chegue ao grande público, que só o mercado editorial pode oferecer. A falta de visão dos editores brasileiros infelizmente tem relegado ao círculo de aficionados o que há de inovador em nossos quadrinhos.

Henrique Magalhães


Katita: o preconceito é um dragão
Anita Costa Prado & Ronaldo Mendes
Série Corisco, nº 7
João Pessoa: Marca de Fantasia, 2010. 32p. 14x20cm. R$5,00
www.marcadefantasia.com